
As mulheres atingem o orgasmo apenas com a penetração.
FALSO: A sexualidade feminina é complexa. Por exemplo, existem mulheres que conseguem alcançar o orgasmo através da penetração, outras recorrendo ao uso de fantasias sexuais, mas diversos estudos demonstraram que a maioria das mulheres necessita da estimulação adicional do clítoris para alcançar o orgasmo, seja durante a penetração ou noutras atividades sexuais (e.g. sexo oral, sexo anal, masturbação).
Usar 2 preservativos é mais seguro do que usar somente um.
FALSO: A utilização de dois preservativos ao mesmo tempo é perigosa, na medida em que poderá criar fricção entre eles, aumentando a probabilidade de rebentarem e, consequentemente, aumenta a probabilidade de uma gravidez indesejada ou de contrair uma Infeção Sexualmente Transmissível.
A mulher não engravida se tiver relações sexuais de pé.
FALSO: Mito frequente. A mulher pode engravidar independentemente da posição sexual que adotar. Para tal, basta o sémen entrar em contacto com a área vaginal e a mulher encontrar-se no período fértil.
É frequente os adolescentes iniciarem a sua vida sexual por medo de serem abandonados pelo/a parceiro/a.
VERDADE: Estudos apontam que é frequente os adolescentes referirem ter tido relações sexuais porque se não o fizessem o(a) parceiro(a) acabaria com a relação, ou porque os outros iriam pensar que não era suficientemente homem/mulher. Todas estas ideias impedem os adolescentes de viver e valorizar a sua sexualidade de forma integral, fazendo com que respondam ao medo que sentem e à pressão dos outros. A sexualidade deve ser vivida num espaço de conhecimento e partilha mútuas, onde a comunicação, sentimentos e expressões de afeto sejam uma constante, associado aos valores e decisões de cada um em como viver e experienciar a sua sexualidade.
As mulheres adoram homens com pénis grandes.
FALSO: Estudos apontam que as mulheres preferem pénis mais grossos em detrimento do comprimento, até porque, para além do clítoris, o primeiro terço da vagina é a parte mais sensível da mulher.
O coito é perigoso para o feto.
FALSO: Desde que não exista restrição médica, a relação sexual durante a gravidez é completamente segura.
Ter relações sexuais durante a menstruação não é saudável.
FALSO: O sexo durante a menstruação pode ser igualmente prazeroso para a mulher. De fato, o fluxo menstrual não diminui nem retira a sensibilidade dos parceiros sexuais.
Se um homem perde a ereção é porque não acha a parceira atraente – já não sente desejo por ela.
FALSO: O homem pode perder a ereção por variadíssimas razões (uns comuns na adolescência, outros na vida adulta e outros na terceira idade) que em nada tem a ver com sentir mais ou menos desejo pela parceira (e.g. ansiedade de performance, cansaço, stress emocional, problema sexual).
Sexo é sinónimo de penetração pénis-vagina.
FALSO: O sexo é muito mais que a penetração pénis-vagina, envolvendo outras atividades sexuais, como a masturbação, sexo oral, sexo anal. Contudo, para um número significativo de indivíduos, o sexo aparece associado, unicamente, à penetração pénis-vagina e à penetração anal. Por exemplo, num estudo realizado em 2003 (Randall & Byers, 2003) com 164 estudantes universitários, sobre quais os exemplos de “ter sexo”, aproximadamente 98% dos participantes considerou a penetração pénis-vagina, 83% a penetração anal, 21%-23% referiu o sexo oral e somente 4% considerou a masturbação como um exemplo de “ter sexo”. Em outra investigação, com 477 estudantes universitários, aproximadamente 98% referiu que a penetração pénis-vagina era sinónimo de “sexo”, enquanto 78% relatou como sinónimo de “sexo” a penetração anal, sendo que 19% e 8% dos participantes fizeram referência ao sexo oral e à masturbação, respetivamente, como comportamentos sinónimos de “sexo”.
A gravidez não deve ser usada para melhorar a relação de casal.
VERDADEIRO: Não é através de uma gravidez que o relacionamento vai melhorar ou que se possa conseguir as mudanças desejadas no outro. Por vezes, a gravidez, longe de unir o casal, poderá transformar-se numa situação de angústia e dor que provoque o efeito que se deseja evitar, pudendo envolver, injustamente, um terceiro elemento – o bebé, que poderá nascer num ambiente de sofrimento e stress.
Os casais devem conseguir alcançar o orgasmo simultâneo.
FALSO: Os orgasmos simultâneos são raros, mas muitos casais têm sofrido devido a este mito. De facto, os media sugerem que para se ser um “bom amante” é necessário que os indivíduos satisfaçam o(a) parceiro(a), e que experienciem o orgasmo em cada encontro sexual, fazendo ênfase aos múltiplos orgasmos e ao orgasmo simultâneo. Consequentemente, como forma de não desapontarem ou magoarem o seu parceiro(a), nem colocarem em causa a competência sexual do mesmo, os indivíduos poderão ter maior tendência para sabotarem a comunicação (Darling & Davidson, 1986).
Fonte: entremulheres
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