Mitos e verdades sobre parto prematuro

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Você nasceu de quantos meses? É comum durante a gravidez se ouvir falar sobre o parto prematuro ou pré-termo, mas suas causas e cuidados são pouco divulgados, o que gera muitas preocupações nas gestantes.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) é considerado parto prematuro os nascimentos que ocorrem entre a 22ª e a 37ª semana de gestação com sintomas de contrações e dilatação do colo de útero. As ocorrências que antecedem a 22ª semana , entram para a estatística de aborto, pois dificilmente acriança consegue sobreviver fora do útero.

Mesmo com a tecnologia atual e os avanços da medicina, os casos de bebés prematuros são comuns aproximadamente 12% dos partos, com maior probabilidade na gestação de gemelares. A maioria dos pais, de um bebé prematuro ou pré-termo, ficam apreensivos por verem que seu filho, tão aguardado por toda a família, encontra-se frágil na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal da maternidade até sua total recuperação.

O que é considerado parto prematuro?

Parto prematuro é todo nascimento que ocorre antes da 37ª semana de gestação, ou seja, aproximadamente 259 dias de gravidez. Quais as causas do parto prematuro? O nascimento prematuro possui várias causas, sendo a mais comum os processos inflamatórios ou infecciosos locais e/ou sistémicos. Por exemplo, infeção urinária. Outra causa comum é a sobre-distensão do útero que ocorre nos casos de gestação de gémeos.

Quais os fatores de risco que predispõem determinadas mulheres a ter um parto prematuro?

Vários são os fatores de riscos associados com a prematuridade, os quais são classificados em: epidemiológicos (nutrição inadequada, idade materna – extremos etários, stresse físico e psicológico, fumo, drogas), obstétricos (rotura prematura das membranas ovulares, parto prematuro anterior, gemelaridade, incompetência cervical, sangramentos de primeiro e segundo trimestre, alterações hormonais, doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), descolamento prematuro de placenta, placenta prévia, restrição do crescimento fetal, polidrâmnio (grande quantidade de líquido amniótico), oligoidrâmnio (líquido amniótico diminuído), malformações fetais, ginecológicos (alterações anatômicas do colo uterino, história de amputação do colo uterino, malformações uterinas, miomatose), clínico-cirúrgicos (infeções, doenças maternas, procedimentos cirúrgicos na gravidez), genéticos (materno e/ou fetal) e iatrogênico (estimulado pelo médico). No entanto, cerca de 50% dos casos não apresentam fatores de risco identificáveis.

Em geral, quem tem parto prematuro em uma gestação terá também nas outras?

Apesar da história de parto prematuro anterior ser o principal fator de risco associado com a recorrência, cerca de 75% destas pacientes terão parto a termo na próxima gestação.Todavia, o risco de recorrência aumenta quanto menor a idade gestacional do primeiro parto.

É possível prevenir o processo do trabalho de parto prematuro?

Sim, várias são as medidas preventivas sendo que, atualmente, a utilização de progesterona em pacientes de risco tornou-se, nestes últimos anos, a medida mais efetiva.

Quais os sinais de alerta de trabalho de parto prematuro?

Contrações uterinas mais frequentes. Inicialmente na região lombar e após na região supra-púbica (baixo ventre).

É possível interromper o processo do parto prematuro?

Sim. Alguns eventos são passíveis de correção. Por exemplo, paciente com sintomas de trabalho de parto prematuro (contrações antes da 37ª semana de gestação) e infeção urinária. Inibimos as contrações, tratamos a infeção e, desta forma, interrompemos o processo.

Quais as consequências da prematuridade para o recém-nascido?

As consequências são várias e estão relacionadas à idade gestacional do nascimento, ou seja, quanto mais precoce o parto maiores as consequências. As mais graves ocorrem nos RN (recém-nascido) com idade gestacional inferior a 30 semanas de gestação e peso inferior a 1.000 gramas. Dentre estas, citamos a Síndrome da Membrana Hialina (decorrente da imaturidade pulmonar), Enterocolite Necrozante (decorrente da imaturidade intestinal), maior chance de infeção pós-natal, alterações da visão, e certo grau de retardo no desenvolvimento neuro-psiquico-motor.

Fonte: cliquesaude.com.br


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9 comentários a “Mitos e verdades sobre parto prematuro”
  1. Avatar de Carolina Pires
    Carolina Pires

    Olá, acompanho seu blog e estou com a seguinte dúvida, tomo anticoncepcional Elaniciclo há mais de um ano, no domingo tive diarréia antes de tomar a pílula e na segunda também após tomar a pílula porém continuei tomando normalmente na semana, na terça já estava melhor, no sabádo seguinte tive relação sexual sem camisinha, há alguma possibilidade de eu engravidar por causa do organismo não ter absorvido a pílula no domingo e na segunda passada devido a diarréia? Os dias terça quarta quinta e sexta foram suficientes para eu estar protegida? Espero que possa me ajudar.

    1. Avatar de Planeamento Familiar

      Quando diz de seguida, refere-se de facto de seguida, ou foi mais de 2h após a toma?
      Se foi em mais de 2h então estaria protegida, se foi em menos de 2h, poderá sim ter colocado em causa a eficácia da pílula, pelo que seria necessário 7 tomas correctas consecutivas para assegurar novamente a sua eficácia.

  2. Avatar de Debora Cintia
    Debora Cintia

    Meu primeiro filho nasceu prematuro de 36 semanas e 4 dias. Se eu tiver outro filho ele pode tambem nascer prematuro? Sou muito nervosa (fico tremula e meu coracao acelera demais ) e tive um aborto qnd estava de 2 semanas. Devo me preocupar ou isso nao tem nada relacionado ao meu nervoso?

    1. Avatar de Planeamento Familiar

      O facto de ter acontecido uma vez, não significa que aconteça novamente.
      Tente acalmar-se e vai ver que tudo corre pelo melhor, isso facilita na gestação.

  3. Avatar de Karol
    Karol

    Olá,lembram de mim?…pois é eu lutei pra ter um filho há algum meses atrás e consegui engravidar,só que no decorrer do tempo aconteceu várias situações…comecei acompanhando o meu pré natal no posto e depois de 3 meses comecei tbm fazer um acompanhamento de pré natal particular com um ginecologista/obstetra…primeiro começou com os enjoos frequentes e foram 4 meses tomando dramim,tive cândida e ele me recomendou a usar BioVagim,após isto comecei sentir muito azia..tropeçei na rua e cai batendo a barriga no chão com 4 meses de gestação no mesmo dia fui ao ginecologista que estava me acompanhando,rapidamente ele fez uma ultra som,olhou se tinha rompido algo e como estava a bebe,ela estava bem.Com 5 meses eu estava bem mais qualquer esforço que fazia sentia dor no pé da barriga e nas costas,a minha barriga crescia de mais,retornei ao médico nesta fase e ele tornou dizer que estava tudo bem comigo e com a nenem..todos os meus exames na gestação foram bons,menos anticorpo anti toxoplasma que deu: não reagente…com 23 semanas e 5 dias,eu andei de moto no sábado tomei um susto pequeno e depois disso sentir cólicas a noite toda e tomei um Buscoduo mais ao domingo eu ainda sentia um pequeno desconforto,comecei sentir a minha calcinha molhar mais achei que fosse algum corrimento e fui dormir,a noite a minha calcinha molhava ainda mais e sentir minha bebe muito agitada,na segunda fui trabalhar assim mesmo e chegando lá com o problema a empresa logo me levou a um hospital e chegando no hospital um enfermeiro fez o toque em e disse que eu estava com perda de liquido e com o colo do útero dilatado,ele me disse que iria me transferir para uma obstetra..me levando até a médica,ela me fez outro toque e me disse que eu estava correndo o risco de ter um parto prematuro,na mesma hora liguei para minha família e meu esposo e pedir que entrassem em contato com o meu médico do pré natal já que ele não me dava as ultrasonografias e nem o laudo,por isso pedir tbm que o hospital entrassem em contato com ele,como eu continuei fazendo o pré natal tbm no posto,entreguei o meu cartão da gestante de lá até conseguirem entrar em contato com o meu médico de costume…a médica que estava me acompanhando no hospital disse que tentaria segurar a minha filha com medicações e me deixaria em repouso com uma gravidez de risco,até pq segundo ela uma criança com 23 semanas e meio não sobreviveria fora do útero nem se conseguisse uma vaga na uti neonatal.O estranho foi assim que ela me disse isso tudo muito mal humorada,ela me colocou no soro e sumiu,após 10 minutos eu comecei a sentir contrações muito fortes e a nenem muito agitada chamei uma enfermeira e ela veio trazendo a médica,a própria estourou a minha bolsa e me forçou a ter um parto normal e doloroso dizendo que eu tinha líquido de mais e que isso poderia causar alguma má formação no feto mais tarde e sumiu novamente me deixando na sala de parto com as enfermeiras..ou seja ela me enganou não sendo sincera comigo dizendo que iria tentar fazer algo,tudo mentira ela queria que eu sentisse contrações pra ganhar desde quando cheguei ao hospital tudo pra ficar livre de mim e da minha filha já que eu tinha ouvido várias críticas dessa médica anteriormente…minha filha nasceu viva e perfeita,colocaram ela ao meu lado e deixou ela lá até dar um último suspiro e morrer…não fizeram nada além de ficarem olhando..após a morte da minha filha um outro médico foi lá constatar o fato e disse que a nenem já tinha mais de 6 meses e pesava 820 gramas.O mais estranho é que a médica estava com o meu cartão gestante e mesmo assim não soube identificar com quantos meses eu estava.Depois de terem levado a minha filha para o necrotério uma enfermeira me disse que o médico que me acompanhou no pré natal havia entrado em contato com o hospital e conversado com a médica de plantão…fim da história..perdi minha única filha linda depois de tanto sofrimento,sinto que uma parte de mim foi junto com ela,não sinto o chão e parece que o mundo acabou pra mim,o meu marido me conforta dizendo que me dará filhos lindos de novo e que pra isso preciso me erguer novamente.As perguntas são: existia algo que pudesse ser feito para que esse parto prematuro não acontecesse?…o que será que pode ter ocasionado a perda de líquido e a dilatação do colo do útero?…se o meu ginecologista sempre afirmou estava tudo bem…apesar do que estou sentindo psicologicamente,tô louca pra engravidar novamente,segunda feira dia 12 de novembro faz 15 dias e estou de repouso ainda…após o repouso com quanto tempo depois posso engravidar novamente?…não sei ao certo o que aconteceu,mais eu corro o risco de passar por isso de novo?…o que devo fazer antes de engravidar outra vez?…quero muito um outro bebe logo,mais sei que devo esperar e ter muita paciência neste momento,me ajudem por favor a esclarecer estas dúvidas e me desculpem qualquer coisa.Até breve!

    1. Avatar de Planeamento Familiar

      Antes de mais lamentamos a demora na resposta mas sem sabermos porquê a sua questão ficou na caixa de spam.
      Por um lado ficamos contentes por ter conseguido, ainda que por pouco tempo, alcançar o seu desejo, por último, é sempre triste estas situações que podem sim acontecer.
      Pelo que percebemos você ainda é jovem e tem ainda a vida pela frente, compreendemos a sua dor, no entanto não pode desanimar, pensamento positivo e há que seguir em frente e tentar novamente e verá que à 2ª vez vai correr melhor.
      Cada gravidez é diferente já que as mulheres são diferentes, e mesmo uma 2ª gravidez também ela é diferente porque o corpo vai mudando, isto quer dizer que a 2ª gravidez pode ser mais “tranquila” e não ter tantas situações como esta.
      Por agora o ideal é ficar de repouso, e quando se sentir melhor fazer um exame com o seu ginecologista e verificar se está tudo bem, estando tudo bem consigo é voltar a tentar até ser novamente abençoada com uma gravidez.

  4. Avatar de Karol
    Karol

    Poxa!…porque minhas respostas acima ainda não foram respondidas?…Aguardo!!!

  5. Avatar de Karol
    Karol

    É,sou jovem ainda,tenho 20 anos,mais sempre tive o sonho de ser mãe mesmo sabendo que há dificuldades na criação de uma criança,como atenção redobrada,preocupação,saber educá-la corretamente,está sempre perto,abrir mão de várias situações,dar todo amor de mãe e ter um gasto maior financeiro…Tive um retorno semana passada com o ginecologista que me acompanhou no pré natal…e ele me explicou que houve sim um erro lá no hospital,a médica deveria ter se preocupado mais com o meu caso e ter ao menos tentado segurar a criança dentro já que fora teria chances mínimas de sobrevivência sem sequelas…mas,que minha gravidez foi um pouco complicada,mais não havia gravidez de risco…ele me disse que a causa da dilatação no 6°mês concerteza foi causado por um esforço físico do decorrer do meu dia a dia,como por ex.: no meu trabalho,lá é uma empresa de produção de calçados,eu ficava na máquina de costura,quando descobrir que estava grávida,vivia passando mal e quando decidiram me mudar de setor me colocaram num setor químico onde as grávidas não eram sugeridas a ficar naquele local…mesmo assim tive que ir,bastava eu inalar a química e em seguida corria pro banheiro fazendo vômito,eles disseram que eu precisava entregar um laudo médico pra fazer uma transferência de setor.Então fui atrás do meu ginecologista,expliquei pra ele e ele rapidamente me deu o laudo pedindo pra me afastar do setor químico devido a gravidez,eu entreguei o laudo na empresa mais não me retiraram e assim continuei lá até o 6ºmês inalando química com inchaço nos pés e sem poder retirar o sapato fechado e com a pressão já alta de 14*8 sem poder sentar,ficando muito tempo em pé e com dores nas costas e no pé da barriga até o dia em que me levaram pro hospital…e em casa tbm eu me esforçava muito com as atividades do dia a dia e no final sempre terminava com fortes dores.No entanto o meu ginecologista me disse que sou uma mulher saudável e que não havia nada de errado com a bebê e se houvesse ele lógico teria comunicado a mim e a minha família…e que após 6 ciclos normais posso engravidar novamente sem problemas e com atenção redobrada,antes é preciso fazer uma ultra sonografia pra saber se ficou realmente tudo ok,me disse tbm pra eu não ficar com medo de que esse problema volte a acontecer,há coisas que acontecem por falta de experiência em gestantes de primeira viagem e que devemos ficar sempre alerta a qualquer sintoma,principalmente numa segunda gravidez depois de uma perda,agora me sinto mais conformada com o que aconteceu,muitas coisas me serviu de lição pra que eu não deixe que aconteça de novo.Depois do dia 29/10 parei de sangrar no dia 18/11 e ontem no dia 03/12 comecei até um leve sangramento,mais que só aparece no papel higiênico quando vou me limpar e não no absorvente,isso já é a menstruação?…esse sangramento vai ficar assim,ou vai aumentar logo logo?…eu precisava saber pra observar sempre a data em que ela virá…e quando posso voltar a ter relações com o meu marido?…será que eu tenho que esperar realmente os 6 meses pra tentar engravidar novamente?…o que aconteceria e quais seria as consequências se por um deslize eu engravidasse antes desse tempo determinado pelo médico?…Aguardo respostas e obrigado pelo esclarecimento das perguntas acimas!

    1. Avatar de Planeamento Familiar

      É sempre uma situação complicada, mas o importante é se realmente deseja ser mãe não perder a fé e vai ver que na próxima tudo corre melhor.
      O ideal é sim esperar um pouco até tentar novamente precisamente para ver se está tudo ok, se não ficou nenhuma mazela.
      Em relação ao período fértil, talvez este artigo a ajude: http://www.planeamentofamiliar.com/como-avaliar-o-periodo-fertil/